terça-feira, 29 de novembro de 2011

Eu, o menino e o cachorro

E eu só reclamava da vida... reclamava da noite porque eu não dormia,reclamava do dia porque eu sofria,reclamava do frio que me gelava a alma,reclamava do calor que me atirava ao desânimo. Para tudo e para todos eu tinha uma resposta, para a minha derrota eu sempre tinha um culpado, para o meu desamor sempre tinha um "alguém", para tudo uma reclamação, eu era o próprio azedume. Ai de quem me criticasse, que apontasse o erro que eu não enxergava, para tudo tinha que haver um culpado, eu era a vítima do sistema, das pessoas, do mundo, eu sempre fui traído, enganado, sofrido... Carregava aquela cruz pesada de ódio, e eu só reclamava da vida, seja de noite, seja de dia. Até que um dia, um menino, desses meninos de rua, me pediu uma ajuda, e eu já estava pronto para ofendê-lo, quando ele pegou na minha mão e arrastou-me, se é que um menino tão pequeno teria essa força. No canto da rua ele me mostrou um cachorro muito sujo, que estava com a pata como que quebrada e cheio de feridas. O menino puxou a minha mão e fez chegar perto do cachorro. Ele olhava pra mim e depois para o cachorro, e falou numa voz que eu não consigo esquecer: - Moço, sara ele pra mim! é o meu melhor amigo. Não sei porque e nem quero saber, mas eu não agüentei e chorei...Chorei como criança, como quem abre uma torneira, como se uma porta que estava fechada há muito tempo dentro de mim, se abrisse escancaradamente... O menino não entendeu o meu choro e perguntou:- Ele vai morrer moço? è grave assim...Despertei do meu choro e agarrei aquele cachorro com muito cuidado. Levei-o até a minha casa, poucos quarteirões dali, e tratei daquele cachorro como se fosse um filho, e o menino, que vivia pelas ruas, foi ficando, e cuidou de mim, curou minhas feridas, antes mesmo de eu curar as feridas do cachorro. Hoje, não reclamo mais de nada, tudo para mim tem um sentido, tudo é perfeito, até o que dá errado. Faz 16 anos que o menino de rua pegou na minha mão, mudou a minha vida, transformou esse ser. Mostrou-me o caminho do amor, amor que restaura, cura, seca feridas, renova, traz esperança, e esperança é o nome do amor. E esse menino, que hoje me chama de pai, destranca portas e janelas da minha alma todos os dias, quando segura na minha mão e me agradece por cada coisa tão pequena, os banhos, as roupas, a comida, a escola, a adoção, coisas que muita gente tem e não dá nenhum valor, ele me recompensa com carinho e dedicação. Hoje é a sua formatura, e eu nem sei o que dizer, sou grato a Deus por ele entrar na minha vida, por quebrantar meu coração, e não largar mais a minha mão. Hoje eu bendigo a vida. Valorize a sua vida, preencha-a com o amor. 


Por: Paulo Roberto Gaefke

Casamento sem Máscaras

Por que é tão difícil tirar as máscaras? São muitas as razões porque temos dificuldade em ser quem realmente somos. Muitas vezes, ocultamos partes de nós mesmos...

            Por hábito.
      Porque achamos que é o que devemos fazer.
      Porque temos vergonha delas.
   Porque tememos que tais partes não sejam bem recebidas.
      Porque queremos evitar problemas.
     Porque estamos tentando ser quem (achamos que) o nosso cônjuge quer que sejamos.
Porque achamos que essas partes são defeitos pouco atraentes.
Porque não queremos ser diferentes do nosso cônjuge.
Algumas perguntas são necessárias no processo de libertação das máscaras. A sua vida é um livro aberto ou um armário trancado a sete chaves? Você guarda segredos que não divide com ninguém, nem mesmo com o seu cônjuge? Esconde problemas emocionais como depressão, compulsões ou ansiedade? Um histórico de maus – tratos? Vícios? Dificuldades financeiras? Parentes problemáticos? Todas essas coisa afetam diretamente seu relacionamento, mesmo que você pense que está escondendo em algum lugar que seu parceiro jamais vai conseguir encontrar.
Sugiro que algumas dessas questões colocadas, primeiro deve ser levadas para um conselheiro conjugal antes de compartilhar com o cônjuge, outras não devem ser compartilhadas, mas é imprescindível que você compreenda de que forma as máscaras que você constrói por causa desses problemas ajudam ou atrapalham o seu relacionamento.
É importante que você separe um tempo para refletir sobre as seguintes questões: que segredos do passado e do presente podem estar prejudicando sua capacidade de ser um companheiro(a) completo(a)? Pergunte a você mesmo, que máscara estoiu usando neste momento para manter o relacionamento sob controle? Como esses segredos podem fazer seu parceiro se sentir excluído de partes importantes da sua vida.

Como se libertar das máscaras.
Lembre-se, cada máscara existe por uma razão. Quanto mais clara for sua compreensão desse razão, mais fácil será destruir a máscara. Tente compreender a historia por detrás dela. Você a criou recentemente ou há muito tempo? Qual foi o seu proposito ao cria-la? Imagine o que você sentiria ao se livrar dela e preste atenção aos sentimentos que essa visão provoca. Quanto mais entender a origem de cada máscara, menor é a possibilidade de você voltar a usá-la. A consciência é algo libertador.
Leve a sério os seus medos. Algumas máscaras parecem estar grudadas à alma das pessoas por uma cola poderosa. Essa cola é feita de medo, e você precisa levar a sério esse medo. Nem todas podem ser retiradas facilmente e as últimas a cair são aquelas feitas de puro terror. Para livrar-se delas, talvez você leve meses ou anos e precise da ajuda de amigos, irmãos e , principalmente do seu cônjuge. Tudo isso faz parte do processo.

Busque alinhar sua vida com a Palavra do Senhor. Está escrito no livro de Salmos, “...luz para o meu caminho é a tua Palavra...” (Salmo 119). Quando o nosso estilo de vida esta alinhado com a Palavra, andamos na luz e o processo de libertação das nossas máscaras é uma consequência natural desse andar na luz.

Reconheça a necessidade vital de se libertar das máscaras. As pessoas que insistem em manter suas máscaras, não constroem conexões honestas e saudáveis e vivem sempre na superficialidade de uma vida conjugal pobre e vazia de significado. Se for necessário, lei outra vez o texto e busque sempre um vida de excelência no seu relacionamento, sem máscaras.

Por: Pr Josué Gonçalves

Águas Profundas

Tendo acabado de falar, Jesus disse a Simão: “Vá para onde as águas são mais fundas”, e a todos: “Lancem as redes para a pesca”. Lucas 5:4
Quando estamos próximos da orla não precisamos de muita fé para manter nosso barco em segurança. Quando estamos na praia tudo é fácil. Podemos facilmente voltar para a areia sem nos preocupar demais com a correnteza. 
Mas o que acontece quando eu vou para águas profundas? E quando vou para o alto-mar?
Amyr Klink, um navegador que já atravessou o mundo em seu barco, já atravessou tempestades em alto-mar que o fizeram ficar acordado por mais de 24hs segurando o barco para não naufragar. 
Quando estamos em águas profundas não temos o controle sobre nós mesmos. O máximo que podemos fazer é contar com o Supremo. 
Porém são nas águas profundas que podemos experimentar o agir de Deus em nossas vidas. Em águas profundas, podemos lançar nossas redes e colher tudo aquilo que Deus preparou para nós. 
Nas águas profundas podemos mergulhar na presença de Deus de uma forma que jamais poderíamos imaginar ancorados na praia. É lá onde não temos o controle, que Deus assume o controle e nos faz ir a lugares que jamais imaginamos. Lugares profundos, lugares altos, lugares que homem normal jamais irá, apenas aquele que se entregou completamente a Deus. 
Que sua vida seja Dele! Que seu coração seja completamente dele! 
Por: Daniel Simoncelos