sexta-feira, 21 de maio de 2010

CONFIA NO SENHOR

Quando tomamos as rédeas e o resto que se exploda...


"Confia no Senhor de todo o teu coração e
não te estriber[1] no teu próprio entendimento.
Reconhece-O em todos os teus camilhos e
Ele endireitará as tuas veredas."
Provérbio 3:5-6


Um cavaleiro no seu sentido mais básico traduz-se por um homem que anda a cavalo, este termo, no entanto tem uma enorme riqueza em termos de significados e conotações, pois o fato de andar de cavalo na Idade Média não se destinava apenas a proceder ao transporte, mas a ser utilizado em guerras ou como demonstração de maestria, riqueza e poder.

Para se tornar cavaleiro era necessário fazer parte da nobreza, pois os equipamentos de guerra (espada, escudo, elmo, armadura) e o cavalo custavam caro. Os camponeses não tinham recursos para se tornarem cavaleiros, nem mesmo tempo para o treinamento.

Desde criança, o menino era destinado, pelo pai, para ser um cavaleiro e começava o treinamento. Devia saber usar as armas, aprender técnicas de combate, preparar o físico, montar o cavalo e valorizar as atitudes de um cavaleiro. Valentia, fidelidade e lealdade eram características exigidas num cavaleiro medieval.

Ao se tornar adulto, o aprendiz tornava-se cavaleiro através de uma cerimônia. Passava a noite numa igreja, orando.

Rédeas, estribos, cavaleiro, palavras que trazem sentido alegórico para jovens contemporâneos ou geração y. Rédeas e estribos, ferramentas de controle utilizadas pelo cavaleiro que por sua vez tem o compromisso de guiar seu cavalo destinando-o ao lugar que bem entende. Cavaleiro, figura responsável em transmitir autoridade, nobreza, controle, dentre outras qualidades, a fidelidade e a lealdade.

Quem gosta de ser controlado(a)? Mas quem gostaria de controlar? Quem gostaria de viver uma vida sem limites, controles, sem regras, sem se preocupar em diferenciar o bem do mau? Eu, enquanto jovem, tenho disposição em controlar ou ser “controlado”?

Alguém já tentou saber o porquê vivemos ou queremos viver uma vida cristã? Ou vivemos pelo o “acaso”? Pelo convívio social menos predador, sem nos preocupar com o processo de seleção natural?

Li no site Jovens Evangélicos – E agora, como viveremos, um título bem sugestivo, um artigo que expressava o seguinte:

CRENTES NA BALADA – Point evangélico: beber, não, fumar, também não, beijar, sim, mas sem avançar o sinal. Eles vão a baladas, namoram, surfam e usam roupas da moda. A diferença entre os evangélicos e a maioria dos outros jovens... Está no álcool, no namoro sem sexo, em roupas sem exageros?


Qual a diferença mesmo? Alguém pode me dizer? Talvez algum jovem, recém convertido ou mesmo o simpatizante, poderia está na mesma situação que a minha, de indagação. É impressionante, mas temos cerca de 17% dos jovens entre 15 a 29 anos que demonstram ser seguidores de algum confissão protestante (evangélicos).

O que dizer sobre liberdade cristã? Liberdade com limites, ou libertinagem sem compromisso?

O que tem visto e ouvido, por ai, talvez numa conversa entre familiares, amigos, na faculdade, na escola, na rua e até nas igrejas, onde foram parar os estribos, as rédeas? Ou melhor, quem está no controle do cavaleiro que por sua vez controlará suas atitudes? A Bíblia é jovem agora ou para os jovens? Jesus se transformou num ídolo ou ainda é Senhor?

A Bíblia envelheceu para esses grupos do século XXI e se transformou em auxílio de consciência e moral para os da época medieval.

Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.


[1] Meter os pés nos estribos: o vaqueiro estribava curto, com as pernas encolhidas.

Estribos: aro de metal, suspenso por uma correia de cada lado da sela e sobre o qual o cavaleiro apoia o pé.


Autor: Weider Alberto Costa Santos

Presidente da Juventude Hebrom

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